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Resumo Semanal

Argentina Volta A Exportar, Porém, Com Restrições Impostas

Quais os poréns da retomada argentina? Como serão os preços em Julho? Confira estas e outras das principais notícias do Mercado do Boi Gordo neste Resumo Semanal.

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Boi: R$11,80 (estável) | Vaca: R$10,50 (estável)
Novilha: R$11,00 (estável) | Carcaça: R$23,00 (estável)

OFERTA

Rio Grande do Sul: começam a aparecer animais de pastagem de inverno, sendo um possível início de alongamento das escalas de abate dos frigoríficos. Porém, ainda um movimento muito discreto para possibilitar queda dos preços.

Brasil Central: Semana de estabilidade nos preços (R$320/@), porém com boa perspectiva para julho, devido a entressafra e exportações em alta.

DEMANDA EXTERNA

Dólar: Fechou a semana em R$4,94 — Queda Semanal de R$0,15

Argentina, a segunda maior exportadora de carne para a China (até o momento): O governo fechou um acordo com frigoríficos como JBS e Marfrig Global Foods, permitindo que as empresas exportem até metade dos níveis do ano passado de alguns cortes de carne bovina, disse o ministro da Produção, Matías Kulfas, em conversa com repórteres na terça-feira passada. A medida é válida até agosto. De toda a carne produzida neste país de janeiro a abril de 2021, 29% foram exportadas, e destas, 76% foram destinadas à China.

Exportações na TERCEIRA semana de junho: Observou-se um incremento de 51% no volume embarcado frente a segunda semana, atingindo 7,5mil toneladas/dia. O preço segue se valorizando, crescendo em 0,69% no comparativo semanal e fechou o período no valor médio de US$ 5.160/ton. Com isso, a primeira quinzena do mês já gerou uma receita 24% acima do que fora registrado no mesmo período de 2020.

China segue sendo o principal destino, porém, temos que seguir acompanhando, pois houve uma redução de 20% das exportações para este país, frente maio 2020.

Um indicativo de que esta redução tenha sido devido à menor oferta por parte do Brasil, é que nesta segunda (28/06/21) o órgão estatal de planejamento da China declarou que os governos central e locais iniciarão compras de carne suína para as reservas estatais.

A baixa no preço local de 65% foi causada pelos surtos da Peste Suína Africana (PSA), que gerou vendas por pânico e uma série de animais grandes foram enviados para o abate.

DEMANDA INTERNA

Consumo: mercado interno voltou a cair, caracterizando a segunda quinzena do mês, onde a carcaça casada chegou a R$19,60 (desvalorização semanal de R$0,55).

Por fim, com início de mês, Argentina parcialmente fora das exportações, preço médio exportado em evolução constante, entressafra no Brasil Central e, ainda, poucos animais saindo de pastagens de inverno no RS, devem seguir dando suporte aos preços neste final de junho/início de julho.

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Resumo Semanal

Pecuaristas Parecem Estar Fora Do Jogo Da Comercialização (Por Enquanto)

Boi: R$11,80 (+2,5%) | Vaca: R$10,50 (+1,9%)
Novilha: R$11,00 (2%) | Carcaça: R$23,00 (+2,2%)

Por hora, os pecuaristas parecem estar fora do jogo da comercialização. Por que? Confira agora em nosso Resumo Semanal do Mercado do Boi Gordo.

OFERTA

Rio Grande do Sul: Com pastagens de inverno mais tardias, oferta segue muito baixa. A expectativa segue para o momento da saída de animais gordos das pastagens de inverno em maior volume a partir de julho/agosto. Lembrando que a quantidade será menor, devido a retenção de fêmeas para reprodução.

DEMANDA EXTERNA

Dólar: Fechou a semana em R$5,09, queda semanal de R$0,03.

Argentina: Exportações em maio caem 35%, após restrições. O volume exportado foi de 42mil toneladas, versus 69mil toneladas em abril. Quanto ao preço médio, fechou em US$2.931/ton. Mesmo com o fechamento das exportações por 30 dias, preço no balcão do mercado doméstico argentino subiu 6% em relação a abril. Segundo Ciccra (Câmara da Industria e Comércio de Carnes), esta atitude do governo trouxe somente “Perdas de horas trabalhadas, já que a maioria dos frigoríficos antecipou férias, suspendeu horas extras e encerrou contratos com funcionários.

Produção global de carnes (bovina, suína, aves e ovina): FAO estima aumento na produção de 2,2% em 2021, liderado pela carne suína, com aumento de 4,2%. A carne bovina deve ter aumento de 1,2%.

“Este movimento de crescimento é liderado pela China, refletindo prováveis expansões de produção em todos os tipos de carnes, especialmente da carne suína, impulsionada por grandes investimentos na cadeia e em biossegurança”

Disse a FAO no seu relatório semestral divulgado semana passada. Apesar desta maior produção, a China ainda deve seguir enfrentando déficit de carne suína no mercado doméstico.

Exportações na segunda semana de junho: Foram embarcadas 20% a mais de carne do que na primeira semana de junho, totalizando 29mil toneladas de carne bovina. Quanto ao preço, o nível de US$5.100/ton. se sustentou, representando uma alta de 19% contra 2020.

DEMANDA INTERNA

Consumo: mercado interno voltou a cair, caracterizando a segunda quinzena do mês, onde a carcaça casada chegou a R$20,15 (desvalorização de R$0,25).

Auxílio Emergencial: Segundo entrevista de Guedes ao Grupo Estado, será prorrogado por até 3 meses, impactando a vida de 39 milhões de brasileiros mais vulneráveis. O valor pago continuará sendo de R$150 a R$375. Esta extensão do auxílio ocorreu tendo em vista a vacinação contra a COVID, que deverá atingir toda a população adulta até outubro, segundo o ministro.

Por fim, pecuaristas parecem estar fora do jogo da comercialização, aguardando que preços avancem com a retomada da economia, que já vem mostrando sinais de forte recuperação.

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Diagnósticos

Você Conhece o Capataz da sua Fazenda?

Conhecer o capataz que atua na sua fazenda é fundamental para saber como deve ser a comunicação e quais as tecnologias serão executadas, com maior naturalidade e êxito. Além disso, deve-se ter a consciência, que nesta função, como em qualquer outra, a margem para evolução pessoal e profissional é infinita. Portanto, conhecer o perfil do capataz auxiliará diretamente na qualidade da execução das tecnologias e por consequência no resultado da fazenda como um todo.

PerfilRotatividade de EquipeRegistrosQualidade ExecuçãoQuantidade de Atividades Concluídas
AtivoReduzidaMedianoMedianoÓtimo
Organizado e ComunicativoReduzidaÓtimoMuito BomMuito Bom
Organizado e ObjetivoAltaÓtimoÓtimoBom
Quadro 1. Perfil do capataz e características em virtude do perfil.

O capataz ativo, não encontra dificuldade para nada, está sempre disposto e disponível. É um bom gestor da equipe. No entanto, os desafios neste perfil são a qualidade dos registros das informações nas agendas, planilhas de controle e qualidade execução. O gestor necessita checar se as atividades foram bem compreendidas para evitar retrabalho.


O capataz organizado e comunicativo é o perfil de capataz mais desejado, mas muito raro de se conseguir já “pronto”. Neste perfil, necessita-se definir as atividades e dar o retorno (“feedback”) ao capataz de como estas tarefas foram executadas. Com o passar do tempo, compreenderá e evoluirá na qualidade da execução das tarefas e registros das informações. O gestor necessita comunicar-se com frequência com o capataz.

O terceiro perfil que se encontra nas fazendas é o capataz organizado e objetivo, neste perfil, a necessidade de comunicação pode ser menos frequente, pois ele apresenta um perfil de rápido raciocínio e apto a novas aprendizagens. O gestor deve ter uma conduta de orientar mais e cobrar menos, pois este perfil de capataz é extremante exigente consigo mesmo.


O capataz é a pessoa que auxilia a implementar a cultura da fazenda, sem ele, dificilmente se consegue evoluir nos resultados da fazenda. O sistema de produção pode até evoluir sem um capataz, que entenda a cultura da empresa, mas, para isso, o gestor precisará estar diretamente envolvido na atividade operativa, por consequência a organização da infra estrutura, comercialização e definição do cronograma das atividades de forma clara perderão qualidade. Portanto, conhecer o perfil do capataz e buscar fortalecê-lo determinará uma evolução significativa na fazenda.

AtividadesAtivoOrganizado e ComunicativoOrganizado e Objetivo
Pesagens e GMD++++
Manejo Sanitário+++++
Registros Diários++++
Registro Trocas de Potreiro ou de Invernadas++++
Visão Sistêmica da Fazenda+++++
Trabalhar Sob Pressão e Multi-Tarefas++++
Quadro 2. Atividades operativas e a classificação da execução.

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Resumo Semanal

Exportações em junho voltam a aquecer, mesmo com dólar mais baixo

Confira agora todas as principais notícias da agropecuária do Brasil e do Mundo no Resumo Semanal do Mercado do Boi Gordo com nosso consultor, Pablo R. Marques.

Boi: R$11,50 (+3,1%) | Vaca: R$10,30 (+3%)
Novilha: R$10,80 (2,7%) | Carcaça: R$22,50 (+2,3%)

OFERTA

Rio Grande do Sul: Como característica da primeira quinzena de junho, a oferta de gordo segue muito baixa, aguardando a saída de animais gordos das pastagens de inverno em maior volume a partir de julho/agosto;

Brasil Central: Arroba ainda com resistência para aumentos expressivos, ficando de R$315,00 a R$320. Preços futuros recuaram R$4,75/@, fechando para dezembro em R$333,00 (R$11,10). Preços parecem ainda não acompanhar o provável preço do mercado físico de final de ano.

Abate de Fêmeas: Há 18 anos (desde 2003) que a retenção de matrizes não tinha um movimento tão intenso. De janeiro a março de 2021, foram abatidas 2,4 milhões de fêmeas, o menor volume desde 2003, que somou 1,9 milhão de vacas e novilhas abatidas.

2,4 milhões de fêmeas abatidas corresponde a 37% do total de animais abatidos, também o menor patamar desde 2003, onde foi de 36%. Vamos ficar de olho na oferta de terneiros em 2022 e 2023…Sempre bom lembrar que nos anos de 2004 a 2006 foi um período de melhor relação de troca de 1 boi gordo para compra de terneiros, quando ficou em 2,47 (média dos últimos 20 anos é de 2,02 terneiros/boi gordo vendido).

DEMANDA EXTERNA
Dólar: Fechou a semana em R$5,12, aumento semanal de R$0,07.

Índice do preço Global da Carne: Pelo oitavo mês seguido, as carnes subiram de preço, desta vez a alta foi de 2,2% em maio ante abril, disse a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). O índice segue 12% abaixo do pico registrado em agosto de 2014, mesmo com a recente alta de 10% dos últimos 10 meses.

Importações da China de carne em maio: O país asiático reduziu em 3,3% quando comparado com maio 2020, segundo dados da alfândega. O preço da carne suína na China teve queda neste último mês, contribuindo para o menor apetite por compras externas. Frente ao mês anterior (abril 2021), a importação também diminuiu e com mais força, ficando 14% abaixo.

Os preços domésticos da carne suína, atualmente a US$3,44, caíram mais que pela metade desde o início do ano. Temos que continuar acompanhando para poder concluir se é uma queda sustentada em maior produção, ou por um abate repentino de suínos para conter a PSA, tendo em vista que nos primeiros 5 meses de 2021 ainda acumulam alta de 12% frente ao mesmo período de 2020.

Exportações em junho: Mês começa com preços rompendo os US$5.000/ton (o que não acontecia desde o início de 2020), fechando em US$5.100/ton e com média diária exportada em 8,1mil toneladas, aumento de 34% ante a última semana de Maio e 12% frente a junho 2020.

DEMANDA INTERNA

Consumo: Mercado interno voltou a ganhar solidez, emplacando mais uma semana de valorização, onde a carcaça casada chegou a R$20,40 (valorização de R$0,60).

Por fim, exportações com bons volumes e preços, e mercado interno se recuperando, parecem estar formando um panorama sólido de preços firmes até o verão de 2022.

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Investimentos

Sal Proteinado Vale o Investimento?

Sal Proteinado: É um suplemento mineral enriquecido com fontes de energia (milho/sorgo), mais fontes de proteínas que podem ser verdadeiras (farelo de soja, algodão) e/ou NNP (ureia) acrescidos de aditivos. O sal proteinado se paga sozinho? Confira agora uma análise a partir de dados para levar em conta na sua produção.

Preço / KG R$ 3,25
Consumo / Vaca / Dia (Kg) 0,320
Período (Dias)  90
Custo Total / Vaca R$ 93,60

Relação entre Ganho Médio Diário, concentração de proteína nos suplementos e consumo em 23 experimentos durante a seca (Elaboração: E. Detmann 2021). 

Nota-se que para cada 1 grama / 1 kg de peso vivo, o animal ganha 1 grama de GMD. Ou seja, vacas consumindo 320 gramas de proteinado, devem ganhar 320 gramas a mais que vacas que não consumem (29kg em 90 dias = R$261,00 / vaca).

Produção a mais por vaca > 29kg x R$9,00 = R$261

Custo do Suplemento > 0,320kg x R$3,25 x 90 dias = R$93,60

Margem Financeira direta do uso do suplemento > R$261,00 – R$93,60 = R$167,40

Em 100 vacas > R$167,40 x 100 = R$16.740,00, investindo R$9.360,00

Se olharmos para o incremento na prenhez:

Se observar vacas de CC 2,75 versus 3,25 (ambas mantendo CC), temos diferença de 0,5 pontos e aproximadamente 24kg de peso vivo. A diferença de prenhez entre elas é de 29%.

Preço / KGR$ 3,25
Consumo / Vaca / Dia (Kg)0,320
Período (Dias)90
Custo Total / VacaR$ 93,60
Custo em 100 VacasR$ 9.360,00
Custo em Terneiros de 180kg3,7
Preço / TerneiroR$ 2.520,00
Retorno esperado de Prenhez (terneiros)29
Retorno Esperado de Prenhez (R$)R$ 73.080,00
Margem de InvestimentoR$ 63.720,00

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Resumo do Boi Gordo | 5 de Junho de 2021

Boi: R$11,00 a R$11,30 (estável) | Vaca: R$10,00 (estável)
Novilha: R$10,80 (estável) | Carcaça: R$22,00 (+1,8%)

COM DÓLAR A R$5,05 – O QUE ESPERAR DAS EXPORTAÇÕES?

OFERTA

Rio Grande do Sul: A partir da próxima semana, devido à baixíssima oferta de animais terminados, um dos maiores frigoríficos do RS irá comprar gado gordo apenas 2 dias da semana.

Brasil Central: Após semana passada de recuperação, esta semana andou de lado, com preços da arroba em torno de R$315,00. Preços futuros recuaram R$2,25/@, fechando para dezembro em R$337,75 (R$11,26).

DEMANDA EXTERNA

Dólar: Fechou a semana em R$5,05, queda semanal de R$0,18.

Exportações de carne vermelha de maio: pela média diária, exportação deve ter ficado 22% abaixo de maio de 2020, porém com evolução dos preços por tonelada de 12% (US$4.395 vs US$4.933), fechando faturamento total com queda de 8%.

DEMANDA INTERNA

Carcaça casada: Primeira quinzena do mês anima compradores, o que deixará carne mais cara no mercado varejista. Preço fechou semana com alta de R$1,15, em R$19,80 (semana anterior estava em R$18,65);

Consumo: com o início de mês e em clima de feriado, consumo melhora no varejo; Outro fator relevante desta semana, foi a divulgação do PIB, com crescimento de 1,2% no primeiro trimestre, garantindo crescimento próximo de 5% em 2021, acima das expectativas do mercado. Com isso, economia deve voltar antes do esperado, melhorando consumo interno da carne vermelha.

Por fim, dólar mais fraco pode frear o avanço do preço da carne exportada em real, porém, deve seguir subindo em Dólar.

Do outro lado, economia brasileira vem avançando mais rápido que o esperado, podendo ajudar com maior consumo no final de ano.

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