Categorias
Resumo Semanal

A Dança dos Preços do Boi Gordo no Final do Inverno Gaúcho

Oferta de bovinos para abate é a menor desde 2004 no Brasil, as exportações seguem ainda mais fortes que em 2020 e os valores por tonelada em níveis históricos e em constante evolução positiva. O que esperar do fim de ano?

Confira todos os principais assuntos do Mercado do Boi Gordo agora em nosso Resumo Semanal da PRM.

Este conteúdo está disponível aqui e também em nossos outros canais no IGTVYouTube Spotify. Confira toda equipe PRM clicando aqui.

Boi: R$11,00 (estável) | Vaca: R$9,50 (estável) | Novilha: R$10,70 (estável) | Carcaça fria: R$22,00 (-1,3%)

OFERTA

Rio Grande do Sul: A oferta de animais gordos aumentou neste final de agosto, devido, principalmente, ao cenário regular/ruim das pastagens. Mesmo com essa menor oferta, os preços se mantêm longe dos R$10,50 de 15 dias atrás. Os preços devem se manter nesta certa estabilidade até início de outubro, onde, aí sim, começará a subir, até atingir no verão um valor que provavelmente tenha como piso os R$ 11,80 que vimos no início de Julho.

Comparação Inverno 2020-2021

OFERTA EXTERNA

Rebanho suíno Chinês reduz 0,5% em junho, após surtos da Peste Suína Africana (PSA), o que levou a uma maior oferta de animais adultos, diminuindo o preço pago pela carne. O resultado econômico dos suinocultores foi uma perda por animal abatido de US$ 102, estimulando ainda mais o abate de matrizes (as menos eficientes). Apesar desta leve redução, em um ano, o rebanho está 25% maior, segundo o porta-voz da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, Meng Wei.

Um executivo do WH Group, maior processadora de carne suína da China, disse a jornalistas na semana passada que a eliminação de porcas matrizes em junho havia sido significativa, podendo impulsionar os preços do suíno vivo até o segundo semestre de 2022 (ponto positivo para a importação de carne bovina). Fonte: Money Times

DEMANDA EXTERNA

Dólar: Cotação de R$5,26, queda semanal de R$ 0,02 (+R$0,41 em 8 semanas), seguindo positivo para a exportação.

A média diária embarcada de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada ficou em 8,6 mil toneladas nas três primeiras semanas de agosto/21, isso representa uma alta de 12% frente a média diária do total exportado no mesmo período do ano passado, que ficou em 7,77 mil toneladas.

Como verificamos no gráfico abaixo, apesar da queda semanal, agosto ainda deve ser recorde.

Os preços médios na terceira semana de agosto ficaram próximos de US$ 5.662,0 mil por tonelada, na qual teve uma alta de 41% frente aos dados divulgados em agosto de 2020, que registraram o valor médio de US$ 4.007,4 mil por tonelada. (Fonte: Notícias Agrícolas).

DEMANDA INTERNA

Consumo: A carcaça casada bovina, encerrou a semana cotada R$0,20 mais barata, fechando em R$ 19,00/kg (Agrifatto – cotação em São Paulo).

CEPEA: A carcaça casada do boi é negociada à média de R$ 20,08/kg em agosto, pequeno recuo de 0,7% em relação à do mês anterior. Segundo pesquisadores do Cepea, apesar da baixa oferta de animais para abate e do ritmo ainda intenso das exportações da proteína, o consumo de carne bovina no mercado nacional limita novos reajustes positivos nos valores (Fonte: CEPEA).

Por fim, oferta de bovinos para abate é a menor desde 2004 no Brasil, as exportações seguem ainda mais fortes que em 2020 e os valores por tonelada em níveis históricos e em constante evolução positiva (R$28.600/ton). No RS, mercado estável a altista, aguardando algum possível rali de preços neste final de 2021.

Gostou? Aceite as notificações do nosso site e fique por dentro de tudo que postarmos!
Siga também a PRM em nosso Facebook Instagram.

Receba também este conteúdo em seu WhatsApp Clicando aqui.