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Resumo Semanal

Fique de olho nos Sinais, e não nos Ruídos do Mercado do Boi Gordo

Acompanhe os sinais que o mercado apresenta, e não seus ruídos. Apesar da China, exportações impressionam.

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Boi: R$10,50 (estável) | Vaca: R$9,50 (+2,1%)
Novilha: R$10,20 (estável) | Carcaça fria: R$21,50 (+2,4%)

Capa Resumo Semanal da PRM

OFERTA

Rio Grande do Sul: Oferta segue baixa para meados de setembro. Após a forçada da baixa dos preços com a vaca louca atípica, frigoríficos voltam a subir os preços em ritmo lento. Acreditamos que temos cerca de 10 dias ainda com uma certa pressão, onde, aí sim, deverá começar a subir, até atingir no verão um valor que provavelmente tenha como piso os R$11,80 que vimos no início de Julho.

Gráfico para comparação com o ano de 2020.

DEMANDA EXTERNA

Dólar: Cotação de R$5,29, queda semanal de R$0,02 (+R$0,44 em 12 semanas), seguindo positivo para a exportação.

Dados preliminares da Secex apontam que, até o dia 10, o Brasil exportou 86,88 mil toneladas de carne bovina in natura. O embarque diário registra média bastante alta, de 12,41 mil toneladas, 80% acima da observada em setembro do ano passado. Surpreendentemente durante a segunda semana de setembro as exportações de carne bovina in natura ganharam forças, foram 55,34 mil toneladas enviadas ao exterior nos últimos quatro dias úteis.

Dados impressionantes, visto que os embarques para a China estão suspensos desde o dia 03/09/2021. O preço pago pela proteína vermelha recuou 0,52%, sendo vendida a um preço médio de US$ 5,78 mil/t. (Cepea e Agrifatto)

PARALISAÇÃO DE EXPORTAÇÕES PARA A CHINA

As opções mais óbvias que surgiriam no radar para “ocupar” o espaço brasileiro nas importações chinesas seriam Austrália (6% de participação) e EUA (5% de participação atualmente). No entanto, nesses dois casos, o preço médio pago pela China sofreria um forte aumento.

Atualmente, a China compra carne bovina dos EUA com o preço médio de US$8,75/kg, enquanto a australiana é remunerada à US$7,05/kg, valores 63% e 31% maiores que os pagos pela proteína bovina brasileira. Além disso, no caso australiano, há um problema diplomático que ocorre desde meados de 2020 por conta da acusação da Austrália.

Média de preços pagos pela China em 2021

Sem a proteína bovina brasileira e com o fornecimento argentino cortado pela metade, já há notícias de que os outros fornecedores podem subir seus preços médios de venda, visto que a aproximação do ano novo chinês tem impacto direto sobre a demanda mundial.

Nos últimos cinco anos, o trimestre que o Brasil mais embarcou carne bovina para a China foi o quarto trimestre, com mais de 34% dos embarques anuais concentrados neste período.
No dia 14/09/2021, houve uma reunião entre a ministra da agricultura do Brasil (Tereza Cristina), embaixador chinês no Brasil, embaixador brasileiro na China e representantes da Abiec.

Não houve nenhuma definição oficial, mas aparentemente as conversas foram promissoras e especula-se a volta dos embarques para a esta semana do dia 20/09/21.

DEMANDA INTERNA

Consumo: A carcaça casada bovina, encerrou a semana cotada R$0,20 mais cara, fechando em R$ 19,50/kg (Agrifatto – cotação em São Paulo). Em 15 dias, já acumula um aumento de R$0,90.

“A aceleração das vacinações, flexibilização das medidas de isolamento, manutenção do pacote de ajuda emergencial pelo menos até outubro e a proximidade das estações mais quentes têm apoiado o consumo doméstico de carne bovina, que deve apresentar crescimento contínuo (mas limitado) até o final do ano”

disse o Rabobank

Por fim,

Os dados frios e consistentes nos mostram um mercado sólido e avido por carne vermelha, não havendo espaço para os atuais patamares. Portanto, se o mercado se apoiar nos Sinais e não nos ruídos, o preço deve ser estável a altista, aguardando algum possível rali de preços neste final de 2021.

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Torcemos Por um Mercado mais Racional que a Vaca Louca

Mercado segue mostrando muitas razões para o rali de final de ano.

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Boi: R$10,50 (-4,5%) | Vaca: R$9,30 (-2,1%)
Novilha: R$10,20 (-4,5%) | Carcaça fria: R$21,00 (-4,5%)

OFERTA

Rio Grande do Sul: Oferta segue baixa para início de setembro, porém frigoríficos aproveitam casos de vaca louca atípica para derrubar valores pagos pelo boi. Os preços devem se manter nesta certa estabilidade/aumento até início de outubro, onde, aí sim, deverá começar a subir, até atingir no verão um valor que provavelmente tenha como piso os R$11,80 que vimos no início de Julho.

DEMANDA EXTERNA

Dólar: Cotação de R$5,31, aumento semanal de R$0,14 (+R$0,46 em 10 semanas), seguindo positivo para a exportação.

As exportações de carne bovina ganharam força nos últimos 7 dias úteis de agosto/21, foram 51,16 mil toneladas destinadas aos portos, fazendo com que a média diária do mês ficasse em 8,25 mil toneladas/dia, o melhor resultado médio diário desde novembro/20.

Com 22 dias úteis, o mês de agosto/21 se encerra com 181,61 mil toneladas enviadas para fora do país, o melhor resultado da história.

O preço pago continuou a se valorizar no mercado internacional, atingindo o patamar de US$ 5,67 mil/ton. Com isso, as vendas externas de agosto/21 atingiram a maior média diária da história com US$ 46,88 milhões/dia. Em números mensais, os embarques romperam US$ 1 bilhão pela primeira vez na história, com uma arrecadação de US$ 1,03 bilhão (Fonte: Agrifatto).

Na sondagem mensal da FAO, o subíndice de preços das Carnes apresentou uma leva alta em relação a julho e 22% acima de seu valor no mês correspondente do ano passado. Conforme a FAO, no mês de agosto, as cotações internacionais das carnes ovina e bovina subiram, refletindo a demanda em alta, principalmente da China, e a restrição da oferta de animais para abate na Oceania.

Os preços da carne de frango também aumentaram, segundo a FAO:

“Refletindo a forte demanda e a limitação de produção em alguns dos principais países exportadores por causa dos altos custos de insumos e escassez de mão de obra”

Em contraste, os preços da carne suína caíram em virtude da diminuição contínua nas compras da China e da fraca demanda interna na UE em meio a um leve aumento na oferta de suínos para abate. (Fonte: Estadão Conteúdo / IstoÉ).

Vaca Louca Atípica

Apesar da participação dominante do Brasil de 40% nas importações de carne bovina pela China, os preços não mudaram até segunda-feira e alguns importadores ainda estavam em busca de negócios.
“Ainda estamos comprando, as fábricas precisam manter seus estoques”, disse Grace Gao, gerente geral da importadora Goldrich International, de Dalian.

O Brasil embarcou mais de 500.000 toneladas de carne bovina para a China de janeiro a julho deste ano, ou 38% das importações totais da China, mostram dados da alfândega chinesa, colocando-o bem à frente do fornecedor nº 2, a Argentina, que forneceu pouco menos de 300.000 toneladas (lembrando que em junho este país passou a sofrer restrições por parte do governo).

As ofertas globais de carne bovina estão muito restritas e os preços já estão em níveis recordes, acrescentou outro grande comprador de carne bovina da China.

“Se durar apenas 15 dias, não haverá impacto nenhum. O Brasil ainda está produzindo e leva dois meses para embarcar carne para cá”

acrescentou, recusando-se a se identificar porque não tem permissão para falar com a mídia. Enquanto as importações de carne suína da China estão caindo devido à recuperação da oferta doméstica, a demanda chinesa por carne bovina continua crescendo. (Fonte: Money times).

Ontem, 8 de setembro de 2021, a ministra Teresa Cristina teve uma reunião com o governo chinês, provavelmente para encerrar o caso e possibilitar a volta às exportações nos próximos dias.

As exportações de carne bovina in natura iniciaram o mês de setembro com o ritmo acelerado, no entanto, com perspectiva de piora nas próximas semanas devido à vaca louca atípica. Nos três primeiros dias úteis de setembro de 2021, 31,53 mil toneladas da proteína foram destinadas aos portos, resultando em uma média diária de 10,51 mil toneladas, 55% superior à média diária de setembro de 2020.

O preço pago pela carne brasileira no mercado internacional se valorizou 2,46% na última semana, sendo negociada na casa dos US$ 5,81 mil/t. Com isso, a receita obtida com as vendas externas ficou em US$ 183,51 milhões, resultando em uma média diária de US$ 61,17 milhões, 120% superior aos números finais de setembro de 2020. (Fonte: Agrifatto)

DEMANDA INTERNA

Consumo: A carcaça casada bovina, encerrou a semana cotada R$0,70 mais cara, fechando em R$ 19,30/kg (Agrifatto – cotação em São Paulo).

Por fim,

Os dados frios e consistentes nos mostram um mercado sólido e avido por carne vermelha, não havendo espaço para os atuais patamares. Portanto, se o mercado não for tão louco quanto as duas vacas de MG, o mercado deve ser estável a altista, aguardando algum possível rali de preços neste final de 2021.

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Início de Mês com Feriado Melhora Venda de Carne Bovina

Oferta de boi gordo não é suficiente para a manutenção das escalas deste início de mês e feriado de 7 de setembro. Confira a seguir todos os principais assuntos do Mercado do Boi Gordo agora em nosso Resumo Semanal da PRM.

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Boi: R$11,00 (estável) | Vaca: R$9,50 (estável)
Novilha: R$10,70 (estável) | Carcaça fria: R$22,00 (estável)

OFERTA

Rio Grande do Sul: A oferta não está sendo suficiente para a manutenção das escalas deste início de mês e para o feriado do dia 07/09. Com isso, alguns frigoríficos aumentaram o preço pago pela carne, porém outros ainda tentam resistir.

Os preços devem se manter nesta certa estabilidade / aumento até início de outubro, onde, aí sim, deverá começar a subir, até atingir no verão um valor que provavelmente tenha como piso os R$ 11,80 que vimos no início de Julho.

BRASIL: O baixo volume de animais prontos para abate no mercado brasileiro segue sendo confirmado por dados oficiais. Segundo dados do IBGE, de janeiro a junho deste ano, foram abatidos no Brasil 13,61 milhões de animais, 7,28% a menos que no mesmo período de 2020 e expressivos 14,21% abaixo do de 2019.

Trata-se, também, do menor volume desde o primeiro semestre de 2009, quando o total abatido foi de 13,38 milhões de animais. Pesquisadores do Cepea ressaltam que o menor volume de gado ao longo do primeiro semestre manteve em alta os preços da arroba em praticamente todas as regiões produtoras do País (Fonte: CEPEA).

OFERTA EXTERNA

A produção de carne suína na China deve diminuir 14% em 2022, para 41,5 milhões de toneladas, de acordo com o adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Pequim. A expectativa de queda se deve ao fato de que menos animais devem atingir o peso de mercado em comparação a anos anteriores, disse o adido em relatório.

“Em 2021, o abate de um número significativo de suínos com sobrepeso impulsionou a produção de carne suína e reduziu drasticamente os preços do produto durante o primeiro semestre” afirmou o USDA.

Já a produção de suínos deve diminuir 5%, para 550 milhões de animais, refletindo um menor plantel de matrizes, menores estoques de leitões e margens de lucro mais estreitas.

DEMANDA EXTERNA

Dólar: Cotação de R$ 5,17, queda semanal de R$0,09 (+ R$0,32 em 9 semanas), seguindo positivo para a exportação.

O Brasil elevou sua participação no mercado de carne bovina chinês neste ano, respondendo por 38% do volume importado pelo país asiático de janeiro a julho, segundo o Rabobank.

“No ano passado, o Brasil já era o maior exportador de carne bovina pra China, representava cerca de 31% do total. Quando a gente olha os dados parciais, até julho deste ano, no acumulado, o Brasil já aumentou para 38%”

Disse o analista do Rabobank Brasil, Wagner Yanaguizawa, no podcast do banco Foco no Agronegócio, divulgado na segunda-feira (30).

Brasil, Argentina e Uruguai fornecem 74% do volume total de carne bovina importada consumida na China, segundo o Rabobank. O Rabobank já havia estimado em relatório recente que o consumo de carne bovina chinês deve subir em cerca de 800 mil toneladas até 2025, com a participação no consumo total de proteína animal subindo de 8,5% para 9,7%.

DEMANDA INTERNA

Consumo: A carcaça casada bovina, encerrou a semana cotada R$0,40 mais barata, fechando em R$ 18,60/kg (Agrifatto – cotação em São Paulo).

O consumo de carne bovina no Brasil deve continuar crescendo até o fim do ano, apesar dos desafios relacionados aos impactos da covid-19 na economia e os altos preços da proteína, segundo o Rabobank.

“A aceleração nas vacinações e o retorno do pacote emergencial até outubro colaboram para o consumo doméstico de carne bovina, que deve continuar mostrando crescimento contínuo (mas limitado) até o final do ano”

Disse o Rabobank em relatório divulgado na terça-feira (24).

“Além disso, os preços de frango aumentaram desde meados de maio devido aos custos mais altos de ração – principalmente de milho –, melhorando a competitividade da carne bovina.”

A competitividade da carne de frango registrou a segunda queda mensal seguida em agosto, impactada por valorização consistente dos preços no mercado doméstico para recordes nominais, segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

“Considerando-se as médias da parcial de agosto (até o dia 18), o preço do frango inteiro registra a menor diferença em relação ao da carcaça bovina em oito meses”

Disse o Cepea em nota na semana passada.

Conclusão

Devemos aproveitar os começos de mês para aquelas fazendas que precisam aliviar carga das pastagens, ou vender para deixar o fluxo de caixa no positivo.

Já no panorama de médio prazo, a oferta de bovinos para abate é a menor desde 2009 no Brasil, as exportações seguem ainda mais fortes que em 2020 e os valores por tonelada em níveis históricos e em constante evolução positiva (R$28.600/ton).

Portanto, mercado estável a altista, aguardando algum possível rali de preços neste final de 2021.

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