Oferta de boi gordo não é suficiente para a manutenção das escalas deste início de mês e feriado de 7 de setembro. Confira a seguir todos os principais assuntos do Mercado do Boi Gordo agora em nosso Resumo Semanal da PRM.
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Boi: R$11,00 (estável) | Vaca: R$9,50 (estável)
Novilha: R$10,70 (estável) | Carcaça fria: R$22,00 (estável)
OFERTA
Rio Grande do Sul: A oferta não está sendo suficiente para a manutenção das escalas deste início de mês e para o feriado do dia 07/09. Com isso, alguns frigoríficos aumentaram o preço pago pela carne, porém outros ainda tentam resistir.
Os preços devem se manter nesta certa estabilidade / aumento até início de outubro, onde, aí sim, deverá começar a subir, até atingir no verão um valor que provavelmente tenha como piso os R$ 11,80 que vimos no início de Julho.
BRASIL: O baixo volume de animais prontos para abate no mercado brasileiro segue sendo confirmado por dados oficiais. Segundo dados do IBGE, de janeiro a junho deste ano, foram abatidos no Brasil 13,61 milhões de animais, 7,28% a menos que no mesmo período de 2020 e expressivos 14,21% abaixo do de 2019.
Trata-se, também, do menor volume desde o primeiro semestre de 2009, quando o total abatido foi de 13,38 milhões de animais. Pesquisadores do Cepea ressaltam que o menor volume de gado ao longo do primeiro semestre manteve em alta os preços da arroba em praticamente todas as regiões produtoras do País (Fonte: CEPEA).
OFERTA EXTERNA
A produção de carne suína na China deve diminuir 14% em 2022, para 41,5 milhões de toneladas, de acordo com o adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Pequim. A expectativa de queda se deve ao fato de que menos animais devem atingir o peso de mercado em comparação a anos anteriores, disse o adido em relatório.
“Em 2021, o abate de um número significativo de suínos com sobrepeso impulsionou a produção de carne suína e reduziu drasticamente os preços do produto durante o primeiro semestre” afirmou o USDA.
Já a produção de suínos deve diminuir 5%, para 550 milhões de animais, refletindo um menor plantel de matrizes, menores estoques de leitões e margens de lucro mais estreitas.
DEMANDA EXTERNA
Dólar: Cotação de R$ 5,17, queda semanal de R$0,09 (+ R$0,32 em 9 semanas), seguindo positivo para a exportação.
O Brasil elevou sua participação no mercado de carne bovina chinês neste ano, respondendo por 38% do volume importado pelo país asiático de janeiro a julho, segundo o Rabobank.
“No ano passado, o Brasil já era o maior exportador de carne bovina pra China, representava cerca de 31% do total. Quando a gente olha os dados parciais, até julho deste ano, no acumulado, o Brasil já aumentou para 38%”
Disse o analista do Rabobank Brasil, Wagner Yanaguizawa, no podcast do banco Foco no Agronegócio, divulgado na segunda-feira (30).
Brasil, Argentina e Uruguai fornecem 74% do volume total de carne bovina importada consumida na China, segundo o Rabobank. O Rabobank já havia estimado em relatório recente que o consumo de carne bovina chinês deve subir em cerca de 800 mil toneladas até 2025, com a participação no consumo total de proteína animal subindo de 8,5% para 9,7%.
DEMANDA INTERNA
Consumo: A carcaça casada bovina, encerrou a semana cotada R$0,40 mais barata, fechando em R$ 18,60/kg (Agrifatto – cotação em São Paulo).
O consumo de carne bovina no Brasil deve continuar crescendo até o fim do ano, apesar dos desafios relacionados aos impactos da covid-19 na economia e os altos preços da proteína, segundo o Rabobank.
“A aceleração nas vacinações e o retorno do pacote emergencial até outubro colaboram para o consumo doméstico de carne bovina, que deve continuar mostrando crescimento contínuo (mas limitado) até o final do ano”
Disse o Rabobank em relatório divulgado na terça-feira (24).
“Além disso, os preços de frango aumentaram desde meados de maio devido aos custos mais altos de ração – principalmente de milho –, melhorando a competitividade da carne bovina.”
A competitividade da carne de frango registrou a segunda queda mensal seguida em agosto, impactada por valorização consistente dos preços no mercado doméstico para recordes nominais, segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
“Considerando-se as médias da parcial de agosto (até o dia 18), o preço do frango inteiro registra a menor diferença em relação ao da carcaça bovina em oito meses”
Disse o Cepea em nota na semana passada.
Conclusão
Devemos aproveitar os começos de mês para aquelas fazendas que precisam aliviar carga das pastagens, ou vender para deixar o fluxo de caixa no positivo.
Já no panorama de médio prazo, a oferta de bovinos para abate é a menor desde 2009 no Brasil, as exportações seguem ainda mais fortes que em 2020 e os valores por tonelada em níveis históricos e em constante evolução positiva (R$28.600/ton).
Portanto, mercado estável a altista, aguardando algum possível rali de preços neste final de 2021.
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