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Desmame, qual devo aplicar na minha fazenda?

Olá amigos(as), leitores da PRM

Na edição desta semana, nosso consultor Pedro Rocha Marques traz um artigo com dicas e informações sobre desmame.

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O Desmame é o momento de separação do bezerro da vaca, sob a ótica do terneiro o desmame torna-se importante para que esta categoria possa ser manejada de forma separada da vaca, pois sabe-se que as duas categorias (vaca e bezerro) apresentam demandas nutricionais distintas.

Além disso, a partir do quarto mês de vida do bezerro somente o leite não supre as demandas nutricionais desta categoria, mas complementa. Nesse sentido, destaca-se que o leite é um alimento rico em energia e proteína, porém, pobre na quantidade de matéria seca.

No entanto, sob a ótica da vaca de cria, o desmame resulta em redução da demanda energética para esta categoria. Além disso, vale salientar que a vaca apesar de ser menos eficiente zootecnicamente, apresenta menor demanda nutricional para apresentar o mesmo ganho médio diário que os bezerros.

Portanto, após o desmame as vacas podem ser alocadas em campos de menor qualidade em relação aos terneiros, pois bovinos adultos precisam de quantidade e não qualidade de alimento, enquanto animais jovens necessitam de qualidade e não quantidade.

Esta relação justifica-se pela diferença no tamanho e desenvolvimento do rúmen entre uma categoria adulta em relação a categoria jovem.

CRITÉRIOS PARA DEFINIR O TIPO DO DESMAME

  • Idade da vaca
  • Época de parição
  • Escore de Condição corporal da vaca
  • Produção Leiteira
  • Indicadores Reprodutivos
  • Idade do terneiro
  • Peso do Terneiro
  • Quantidade e qualidade dos alimentos disponíveis
  • Custos dos alimentos
  • Subdivisões

O desmame convencional é considerado o desmame realizado entre os sexto e oitavo meses de idade do bezerro. Este desmame deve ser realizado quando a vaca apresenta ECC > 3 durante o início até o final da estação de monta. Realizado nos meses de abril e maio para sistema de produção que utilizam acasalamento de primavera-verão (novembro-fevereiro).

O Desmame intermediário é realizado quando o bezerro apresenta de 4 a 5 meses idade. O Objetivo deste desmame consiste em fornecer ao bezerro e a vaca forragem de melhor qualidade em relação ao período de realização do desmame convencional. Este desmame é realizado entre os meses de fevereiro e março para sistema de produção que apresentam estação de monta entre os meses de outubro à fevereiro.

O objetivo deste desmame INTERROMPIDO consiste na supressão temporária da lactação e do consequente incremento da atividade reprodutiva do ventre. No entanto, o resultado apresentado com a utilização desta tecnologia está diretamente relacionado ao estado nutricional da vaca. Este desmame deve ser realizado em vacas com condição corporal de moderada a boa (ECC >2,7), os terneiros devem apresentar para o uso das tabuletas peso mínimo de 70kg e 60 dias de idade e 40 dias, 60 kg para interrupção na mangueira.

O desmame precoce consiste no desmame do bezerro com 60 a 90 dias de idade e peso mínimo de 70kg quando a vaca estiver magra (ECC < 2,5).

FIGURA 1.Escores de condição corporal recomendados para realizar o desmame precoce.

RESUMO SOBRE OS TIPOS DE DESMAME:

  • Desmame é fundamental, pois possibilita manejar categorias com demandas nutricionais diferentes de forma diferente (vaca e o bezerro).
  • Desmame convencional: Vacas com ECC>3, terneiros com 6 a 7 meses de idade. Período: Abril e Maio.
  • Desmame Intermediário: Vacas com ECC < 2,7, terneiros com 4 a 5 meses de idade, Período: Fevereiro e Março. Desmame Temporário: Vacas com ECC > 2,7, terneiros com o mínimo 60 dias de idade ou 70 kg, duas a três vezes na estação de monta (Dezembro e Janeiro).
  • Desmame Precoce: Vacas com ECC<2,5, terneiros com peso mínimo de 70kg com 60 a 90 dias de idade, fornecer concentrado até o bezerro atingir 120kg. Período: Dezembro a Abril.
  • Seguir as “regras do Jogo” para que o desmame precoce seja realizado de forma adequada.

*Trecho Retirado Do Cap. 8 Do Livro Intitulado “Manejo De Sistemas De Cria Em Pecuaria De Corte” Cap Escrito Por Pedro Rocha Marques.
Menegassi, Silvio Renato O ; Canellas,leonardo ; Marques, Pedro Rocha. ; Moojen,f.g ; Azevedo, E. V. T. ; Evangelista, G. T. ; Mercio, T. Z. ; Costa Junior, J. B. G. ; Barcellos, J.o.j .

Manejo De Sistemas De Cria Em Pecuária De Corte. 1. Ed. Guaíba,rs: Agrolivros, 2013. 168p

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Melhores Resultados Mesmo com Alta no Insumos da Pecuária

Remar contra maré não é algo fácil, mas também não é impossível. Descubra como uma fazenda vem tendo melhores resultados mesmo com a alta dos insumos.

Os dados obtidos e apresentados a seguir foram levantados pela nossa colaboradora Tailine Risson.

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O grande desafio da pecuária para 2022 será manter a evolução em produtividade e qualidade, com um cenário desafiador de custos de insumos (Carta conjuntural NESPRO – jan/2022).

Apesar de crescentes incrementos na receita, os custos de produção também acompanharam a tendência de alta afetando o resultado dos produtores em 2021 (CNA/Senar – 2021).

Vamos analisar uma fazenda de ciclo completo nos anos de 2019, 2020 e 2021

Alta de 48% no custo/cab/mês comparando 2021 com 2019.

Analisando os custos, vemos que o principal aumento foi no custo variável (nutrição, sanidade e reprodução), o qual foi elevado em 65% de 2019 para 2021.

Esta fazenda conseguiu manter o grande vilão do resultado econômico, o custo fixo, em torno de R$15,00/cab/mês.

Aliado a uma eficiente gestão produtiva, garantiu o aumento em produtividade de 46%.

Diluindo assim, o custo/kg produzido, que aumentou apenas 14%.
Acompanhado pelo aumento no preço de venda, levou a um aumento no lucro/kg produzido de 445% comparado a 2019, e 66% comparado a 2020.

Dessa forma, o Resultado da Pecuária aumentou mais de R$600/ha comparado a 2019, e R$258/ha comparado a 2020.

Conclui-se que,

São vários os fatores que interferem no resultado econômico da atividade, e mesmo que não tenhamos controle sobre o mercado, devemos estar atentos à alocação dos recursos, aliada, é claro, à gestão produtiva.
Isso é eficiência bioeconômica!

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Terneiro ou Boi na Pastagem de Inverno? Qual o Melhor Investimento?

Qual o melhor investimento para as pastagens de inverno? Esta é a dúvida de muitos neste período de ano. A PRM aborda o assunto em um novo artigo avaliando diferentes preços do terneiro.

Nosso fundador e consultor Pablo Rocha Marques é quem escreve o conteúdo a seguir.

Confira quem somos clicando aqui.

Terneiro ou Boi na Pastagem de Inverno? Qual o Melhor Investimento?

Vamos analisar 4 diferentes preços do terneiro:

R$13,00 (ágio 13%), R$13,50 (ágio 17%) e R$14,00 (ágio 22%);

Preço do boi gordo: R$11,50;

Abaixo, segue como exemplo o preço mais negociado pelos clientes PRM em março:

Portanto, podemos concluir que, enquanto o boi gordo se mantiver em R$11,50, o preço de equilíbrio para a compra do terneiro é de R$13,00, caso contrário, é mais rentável comprar bois de 250kg a R$12,50, por exemplo.

E se o terneiro for a R$14,00, é mais eficiente, até mesmo, comprar bois de 350kg para as pastagens de inverno 2022;

Abaixo, segue o cálculo detalhado que usamos para o estudo:

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Análises

Planejamento Forrageiro Igual a Comercialização de Animais Eficientes

Olá, amigos (as) e leitores (as) da PRM

Todas terças-feiras traremos artigos inéditos aqui em nosso blog, por isto, aceite as notificações do site e seja notificado diretamente em seu celular a cada texto lançado. Prometemos sempre trazer conteúdos válidos que irão somar ao desempenho da sua produção pecuária!

O artigo de hoje foi escrito por dois autores, o nosso consultor e fundador Pedro Rocha Marques e o Supervisor de Atividade Agrícola da PRM, Augusto Gossmann Pinto.

Diversas espécies forrageiras cultivadas adaptam-se as condições edafoclimáticas do Rio Grande do Sul, o que torna possível a implantação de sistemas produtivos baseados em pastagens. No entanto, déficits forrageiros frequentemente são constatados devido a sazonalidade produtiva do pasto, estando esta correlacionada às condições climáticas e ao ciclo de crescimento das espécies forrageiras.


Recorrente é o declínio produtivo das pastagens agora no outono, onde plantas a exemplo do sorgo forrageiro (Sorghum bicolor), capim sudão (Sorghum sudanense), braquiária (Brachiaria brizantha) e o complexo portfolio “campo nativo”, apresentam sua produtividade limitada pela diminuição da temperatura. Também ocorrendo na primavera declividade forrageira em plantas como aveia (Avena sativa), azevém anual (Lolium multiflorum), cornichão (Lotus corniculatus), dentre outras, devido ao fim do seu ciclo vegetativo pelo princípio da estação quente.


Visto que as pastagens possuem uma elevada sazonalidade produtiva, seja pela questão das condições edafoclimáticas, a própria espécie forrageira escolhida e o manejo em si empregado. Ainda muitos sistemas de produção animal se baseiam no pasto por ser economicamente mais viável comparado a outras fontes de alimento. Contudo, para que o máximo potencial econômico seja alcançado, um adequado planejamento forrageiro se faz necessário.


Por objetivo o planejamento forrageiro busca suprir a demanda alimentar do rebanho, visando atender à exigência nutricional animal em quantidade e qualidade por intermédio da oferta forrageira durante a maior parte do ano. É por meio dele que serão definidas as ações conforme as categorias animais mais eficientes e as épocas de maior aporte alimentar, traçando os períodos de maior oferta e escassez de forragem, associado aos períodos de melhor preço para a comercialização dos animais.


Para que a comercialização de animais eficientes ocorra quase que naturalmente, tomamos como ponto de partida o outono para melhor compreensão do raciocínio. Nessa estação do ano temos a disposição o azevém anual, uma vez implantado poderá ser oriundo de ressemeadura natural nos anos subsequentes, característica peculiar desta espécie quando não integrada com lavoura. Associado ao azevém anual em consorcio ou área distinta, emprega-se a aveia, no intuito de elevar a carga animal nos períodos de junho e julho quando a incidência solar e temperatura ficam comprometidas pelo maior acumulo de nuvens, assim desfavorecendo o reestabelecimento do dossel forrageiro.


Posterior a este período, o emprego da braquiária no sistema se faz importante por ser uma planta de comportamento perene. Estando ela plenamente estabelecida, mediante ideais condições de temperatura e umidade do solo seu período de latência é interrompido, e seu rápido estabelecimento de massa foliar permite em novembro a alocação do rebanho e consequentemente propicia uma aceleração no acabamento dos animais.


Ainda, para completar o ciclo forrageiro e atingir a grande meta do sistema, o cultivo do capim sudão após a senescência das espécies forrageiras hibernais em novembro, se faz indispensável. Esta espécie traz a partir de janeiro aos animais que a pastejam, benefícios como maior incremento no rendimento de carcaça e bonificações quanto ao nível de gordura e acabamento. Garantindo um ciclo de pastejo até meados de maio, desde que a sua reposição de fertilizante seja atendida.

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