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Planejamento Forrageiro Igual a Comercialização de Animais Eficientes

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O artigo de hoje foi escrito por dois autores, o nosso consultor e fundador Pedro Rocha Marques e o Supervisor de Atividade Agrícola da PRM, Augusto Gossmann Pinto.

Diversas espécies forrageiras cultivadas adaptam-se as condições edafoclimáticas do Rio Grande do Sul, o que torna possível a implantação de sistemas produtivos baseados em pastagens. No entanto, déficits forrageiros frequentemente são constatados devido a sazonalidade produtiva do pasto, estando esta correlacionada às condições climáticas e ao ciclo de crescimento das espécies forrageiras.


Recorrente é o declínio produtivo das pastagens agora no outono, onde plantas a exemplo do sorgo forrageiro (Sorghum bicolor), capim sudão (Sorghum sudanense), braquiária (Brachiaria brizantha) e o complexo portfolio “campo nativo”, apresentam sua produtividade limitada pela diminuição da temperatura. Também ocorrendo na primavera declividade forrageira em plantas como aveia (Avena sativa), azevém anual (Lolium multiflorum), cornichão (Lotus corniculatus), dentre outras, devido ao fim do seu ciclo vegetativo pelo princípio da estação quente.


Visto que as pastagens possuem uma elevada sazonalidade produtiva, seja pela questão das condições edafoclimáticas, a própria espécie forrageira escolhida e o manejo em si empregado. Ainda muitos sistemas de produção animal se baseiam no pasto por ser economicamente mais viável comparado a outras fontes de alimento. Contudo, para que o máximo potencial econômico seja alcançado, um adequado planejamento forrageiro se faz necessário.


Por objetivo o planejamento forrageiro busca suprir a demanda alimentar do rebanho, visando atender à exigência nutricional animal em quantidade e qualidade por intermédio da oferta forrageira durante a maior parte do ano. É por meio dele que serão definidas as ações conforme as categorias animais mais eficientes e as épocas de maior aporte alimentar, traçando os períodos de maior oferta e escassez de forragem, associado aos períodos de melhor preço para a comercialização dos animais.


Para que a comercialização de animais eficientes ocorra quase que naturalmente, tomamos como ponto de partida o outono para melhor compreensão do raciocínio. Nessa estação do ano temos a disposição o azevém anual, uma vez implantado poderá ser oriundo de ressemeadura natural nos anos subsequentes, característica peculiar desta espécie quando não integrada com lavoura. Associado ao azevém anual em consorcio ou área distinta, emprega-se a aveia, no intuito de elevar a carga animal nos períodos de junho e julho quando a incidência solar e temperatura ficam comprometidas pelo maior acumulo de nuvens, assim desfavorecendo o reestabelecimento do dossel forrageiro.


Posterior a este período, o emprego da braquiária no sistema se faz importante por ser uma planta de comportamento perene. Estando ela plenamente estabelecida, mediante ideais condições de temperatura e umidade do solo seu período de latência é interrompido, e seu rápido estabelecimento de massa foliar permite em novembro a alocação do rebanho e consequentemente propicia uma aceleração no acabamento dos animais.


Ainda, para completar o ciclo forrageiro e atingir a grande meta do sistema, o cultivo do capim sudão após a senescência das espécies forrageiras hibernais em novembro, se faz indispensável. Esta espécie traz a partir de janeiro aos animais que a pastejam, benefícios como maior incremento no rendimento de carcaça e bonificações quanto ao nível de gordura e acabamento. Garantindo um ciclo de pastejo até meados de maio, desde que a sua reposição de fertilizante seja atendida.

Alguma dúvida? Utilize a caixa de comentários.

Um abraço a todos(as) e até a próxima.

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Diagnósticos

Você Conhece o Capataz da sua Fazenda?

Conhecer o capataz que atua na sua fazenda é fundamental para saber como deve ser a comunicação e quais as tecnologias serão executadas, com maior naturalidade e êxito. Além disso, deve-se ter a consciência, que nesta função, como em qualquer outra, a margem para evolução pessoal e profissional é infinita. Portanto, conhecer o perfil do capataz auxiliará diretamente na qualidade da execução das tecnologias e por consequência no resultado da fazenda como um todo.

PerfilRotatividade de EquipeRegistrosQualidade ExecuçãoQuantidade de Atividades Concluídas
AtivoReduzidaMedianoMedianoÓtimo
Organizado e ComunicativoReduzidaÓtimoMuito BomMuito Bom
Organizado e ObjetivoAltaÓtimoÓtimoBom
Quadro 1. Perfil do capataz e características em virtude do perfil.

O capataz ativo, não encontra dificuldade para nada, está sempre disposto e disponível. É um bom gestor da equipe. No entanto, os desafios neste perfil são a qualidade dos registros das informações nas agendas, planilhas de controle e qualidade execução. O gestor necessita checar se as atividades foram bem compreendidas para evitar retrabalho.


O capataz organizado e comunicativo é o perfil de capataz mais desejado, mas muito raro de se conseguir já “pronto”. Neste perfil, necessita-se definir as atividades e dar o retorno (“feedback”) ao capataz de como estas tarefas foram executadas. Com o passar do tempo, compreenderá e evoluirá na qualidade da execução das tarefas e registros das informações. O gestor necessita comunicar-se com frequência com o capataz.

O terceiro perfil que se encontra nas fazendas é o capataz organizado e objetivo, neste perfil, a necessidade de comunicação pode ser menos frequente, pois ele apresenta um perfil de rápido raciocínio e apto a novas aprendizagens. O gestor deve ter uma conduta de orientar mais e cobrar menos, pois este perfil de capataz é extremante exigente consigo mesmo.


O capataz é a pessoa que auxilia a implementar a cultura da fazenda, sem ele, dificilmente se consegue evoluir nos resultados da fazenda. O sistema de produção pode até evoluir sem um capataz, que entenda a cultura da empresa, mas, para isso, o gestor precisará estar diretamente envolvido na atividade operativa, por consequência a organização da infra estrutura, comercialização e definição do cronograma das atividades de forma clara perderão qualidade. Portanto, conhecer o perfil do capataz e buscar fortalecê-lo determinará uma evolução significativa na fazenda.

AtividadesAtivoOrganizado e ComunicativoOrganizado e Objetivo
Pesagens e GMD++++
Manejo Sanitário+++++
Registros Diários++++
Registro Trocas de Potreiro ou de Invernadas++++
Visão Sistêmica da Fazenda+++++
Trabalhar Sob Pressão e Multi-Tarefas++++
Quadro 2. Atividades operativas e a classificação da execução.

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